quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Conto Brega

Como se não fosse ninguém,
Pára, senta e me observa.
Me esnoba, não me olha e joga fora
Diz jogar, desdenhar e não querer.
Não faz largar e nem por onde merecer.

As forças não me sobram pra fugir,
o cheiro é demasio atraente para desiludir,
minha esperança se desgasta e se renova,
eu sei que vai me pertencer,
Não me enganas.

Um sussuro insaciável.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Ao Homem Errado

Eu já sei.

Sei que você pode me fazer arder de formas variadas. Sei que é perigoso, tóxico e vicía. Mas eu também sei o que eu quero e do que sou capaz de aguentar. Pode parecer fraqueza não conseguir te evitar, mas a verdade é que o prazer vale o preço da dor. Você me torna a minha pior versão, perco o controle e a direção e mesmo assim te quero mais.

Eu já sei.

Sei que não vai ser só pra mim, sei que minha vontade não vai ter fim e vou te querendo ainda mais.

Mais.

Digo pra mim que quero fugir, que essa vai ser a última vez, mas você me envolve, me preenche e eu fico covarde, escrava do meu próprio desejo. Você me consome e eu te permito, digo que sei quando parar, mas quer saber? Você me confundiu, invadiu a minha vida e tomou conta dos meus pensamentos.

Eu já sei.

Sei que não vai prestar, que não vai andar que não vai mudar e mesmo assim te quero mais.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

De Mim

Saí andando com a mesma pressa de uma fugitiva. Fugia de mim. Andei sem prestar atenção por onde caminhava exatamente, minha cabeça era um turbilhão que só fazia as minhas pernas ansiarem por mais velocidade. Por mais que não soubesse para onde elas me carregavam, não sei se queria saber. Precisava de tempo pra me organizar mentalmente. O sol já tinha ido embora quando resolvi sentar nos primeiros degraus da escadaria de um prédio antigo, passava ali todos os dias e não sabia ao certo o que era. Me decepciono comigo quando percebo que deixei muita coisa passar.

Sentada, enxuguei as lágrimas que não queriam cessar, tentei controlar a temperatura das minhas bochechas apertando-as com a palma das mãos. Droga! por que meus lábios também não conseguem parar de tremer?
Abaixei a cabeça e deixei a franja cair sobre os olhos, não queria corrigir mais nada quando tudo parecia estar contra mim, resolvi deixar a natureza agir.

Pensei no que deveria fazer, aonde ir? Um desespero tomava conta da boca do meu estômago e eu tentava escolher uma música. Me senti ridícula e me peguei com um sorriso sarcástico.

sábado, 19 de setembro de 2009

Era Uma Vez

Já pensei em escrever um livro de romance, ou algo que refletisse esse tema. Fiz uma análise do que poderia levar uma história a ser um best-seller, jamais esquecido, fazer adolescentes arrancarem os cabelos de emoção e, sem nenhuma surpresa, descobri do que precisava: Tragédia.

A receita é antiga e funciona. Quantos casais ficam realmente "juntos para sempre" desde o início de uma grande história? O desencontro devido à problemas com família, triângulos amorosos, mentiras inofensivas, mal entendidos e afins é fato constante, presença garantida nos livros e filmes. E para "piorar", uma história é considerada ainda mais "romântica" quando o casal NÃO fica eternamente feliz com os 50 filhos programados numa casinha com um jardim perto do conto de fadas mais próximo. A exemplo disso temos o clássico Romeu e Julieta. Ainda me pergunto como seria o fim deles se não houvesse o tal do mal entendido. Se já existisse o celular.. enfim!

A conclusão é que, claro, realmente toda história de amor merece um começo apaixonante, um meio recheado, com um clímax, um problema a ser resolvido, e um fim que te faça suspirar e exclamar (ufa! aleluia! que lindo! aaain! quero pra mim! aaaaah!) ou até mesmo chorar!
As pessoas, em particular as mais sensíveis, se identificam com a tragédia por ver a sua vida como tal. Tudo não lhe parece trágico demais ao seu redor? São pessoas intensas, que buscam fazer do dia-a-dia monótono uma grande história REAL para contar, obter respostas da vida através dos seus atos. Pessoas que sentem mais a dor do que outras, mas que lhe é "libertadora", fase de aprendizado.

Muitos sentem falta de algo que não sabem classificar, procuram se encontrar em livros e filmes, tentam achar uma saída na trajetória de um personagem que se identificaram. Aí está a chave dessa enrolação toda: quanto maior o problema da história, mais as pessoas buscam comparar com sua própria vida, sentindo a vida como se fosse tragédia grega para posteriormente sentir um alívio pessoal nas mesmas proporções.

E é por isso que funciona. Até porque, na vida real, ninguém se apaixona hoje e casa amanhã.. Sempre tem uma maldiçãozinha no meio. Espero alcançar o meu "e foram felizes para sempre" e estou disposta a passar por esses venenos se for preciso.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Amar Para Existir

Resolvi ser narcisista. Escrevo mascaradamente, ou pelo menos acho que o faço, sobre o "meu-momento", tentando não ser óbvia demais quanto a minha posição estar completamente de acordo com a minha vida quando ela está. Então tá, eu me acho a espertona, que compreende as pessoas, mesmo nas situações mais sutis, mas nunca consigo entender por completo a pessoa que mais conheço intimamente, o meu próprio ser.

Vivo uma vida cheia de planos e, apesar disso, não sigo muitos deles ou demoro pra iniciar. Me sinto impotente e me auto-justifico. Procuro respostas naturais pra minha fraqueza e isso é covardia e cegueira. Por que não consigo ser complacente com o que eu sei que é melhor pra mim? Talvez eu não saiba.

Sei que é clichê demais, mas será que as pessoas realmente sabem o que é melhor pra elas e na hora certa? Andei lendo o que já escreveram no google e sem querer pararam no meu blog: "solteirice aguda"; "talvez ainda nãos sei"; "insegurança com você"; "você não me atende mas não sei se ela descobriu"; "não sei dizer não ao meu namorado"; "reflexões texto eu sei mas não deveria"; "eu não quero parecer carente"; "filosofia dos homens putão"; "me decepcionei com você"...

O que tá acontecendo? Todos parecem andar em círculos e em zigue-zague. Não parece mais existir tempo para se dedicar as ações que se iniciam com o prefixo "auto-". O mundo caminha mais oco, a evolução dos meios de comunicação e troca de informação é inversamente proporcional a disseminação de amor no mundo! Parece piegas, coisa de gente velha ou de professor, mas não consigo mais ver coisas bonitas em pequenos gestos.
Incansavelmente eu procuro cada vez mais voltar a essência do ser humano, que é a busca por sentir, por amar. Acredito essa ser uma das únicas provas de que um dia eu existi.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

A Tênue Diferença Entre Compreensiva e Idiota

Homens têm mania de dizer que não compreendem as mulheres, que elas são complicadas, pensam e falam mais que o necessário, mas na verdade eles só não querem se dispor a gastar tempo pensando em análisar um outro ser vivo. Homens gostam de coisa pronta, por isso comem comida congelada de microondas.
Mulheres não são tão complicadas quanto parecem ser, na verdade elas só querem ser lidas nas entrelinhas, fazem coisas óbvias mas nem sempre de maneira direta. Não entendeu? Existem vários sinais como exemplo. Aqui vai uma situação: Se ela começa a ligar, (com bom senso) isso se dá de forma cautelosa, ela penetra a rotina estratégicamente e quando ele perceber, já a espera ligar. Ela continua se sentir que deve e pode fazer isso. Sabe que ganhou território, que ele pensa nela de alguma maneira durante o dia. Acontece que os bonitões adoram as ligações, são super fofinhos e cheios de nhênhênhê mas não as procuram! Reclamam se a bonitinha some, mas se acomodam de um jeito que não pensam mais em como ela quer ser tratada. Nesse instante ela deixa de ser compreensiva e passa a ser idiota.
Ora, o que aconteceu numa situação como a do exemplo acima? Ela sabe que ele se interessa de verdade, sabe que ele fica feliz quando ela dá sinal de vida, sabe que não pode exigir absolutamente nada dele, mas ela deu espaço para pensamentos reconfortantes entrarem como desculpas automáticas para a ausência da atitude masculina. Querida, ele não vai ligar, ele adora você mas é só isso. Ele não vai sair da zona de conforto exatamente porque você mostrou a ele que está sempre a disposição, mesmo a distância sendo a mesma para os dois. Se ele é o osso, você é o cachorrinho abanando o rabo. E cá entre nós, já viu osso se mexer?
Essa linha que diferencia a compreensão feminina de casos como: “ele ta no trânsito e não pode atender”, “eu sei o quanto ele é dedicado ao trabalho”, “ele tá sempre ocupado, eu entendo” e outros pensamentos afins é quase imperceptível mesmo os lados sendo tão paradoxais. Ela chegou num nível de compreensão que supera o bom senso inicial. O problema em questão não é arrumar desculpas para o que eles fazem de errado, e sim julgar a indiferença. Não existe argumento que defenda, se ele não vai atrás é porque não quer com a mesma intensidade que ela. A relação demanda mais impulsos do que recebe de um dos lados gerando falta de equilíbrio. Quase física, né? Na verdade é físico.
Em decorrência das análises feitas por nós mulheres (claro) sobre o sexo masculino, esse tipo de situação é irônicamente similar a um ciclo. Voltando a idéia de que os homens tem tendência a falta de recorrer ao uso de manuais explicativos, como um bom livro de culinária ou o manual da nova geladeira como exemplo, se ele chegar ofegante dizendo que te procurou em alguma ferramenta de cadastro de pessoas públicas como uma comunidade no orkut, alguma daquelas com 6743283248324 pessoas, ou na lista telefônica, cai fora! Ou ele é maníaco psicopata ou é virgem.
Depois as mulheres é que não são passíveis de compreensão, saiba ler nas entrelinhas, se preciso compre um bom livro de linguagem corporal, ajuda bastante, ou em último caso me liga.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Um Pouco de Você

Me sinto uma psicóloga barata, mas você me deixa expansiva quando diz querer ouvir o meu lado do seu ser. Se você fosse mais fácil de ser classificado talvez não me interessasse tanto. É tão difícil te definir mas simultaneamente tão simples te entender. E é tão peculiar essa contradição! Você consegue me fazer parar pra escolher palavras, como fui deixar isso acontecer?

Dedicado, observador, amante da vida com uma pitada equilibrada de aventura. Dono do sorriso mais cativante que já vi, as propagandas de pastas de dente não chegariam nem perto do seu nível se quisessem competir, seu sorriso é simplesmente encantador, convidativo ao extremo. Posso dizer que isso se dá também pela sinceridade com que sorri. Você sorri dizendo um verdadeiro "tenha um bom-dia" por exemplo.
E os olhos? Você sabe olhar, enxerga além do que se vê, você olha dando atenção aos olhos alheios, você mergulha em mim me deixando tonta (deve ser por isso que perco a fala?). É profundo e novamente sincero.
Você diz mais do que fala através desses pequenos e relevantes detalhes. Me hipnotizou e não vou fraquejar ao assumir isso. Eu gosto disso, me faz bem e colore meu dia!
Eu não quero estragar nada, mas não consigo não ser clara e objetiva demais quando se tratam dos MEUS sentimentos! Talvez eu seja contraditória também, onde já se viu ser racional emocionalmente? Não vou me importar mais de falar ou de demonstrar essa coisa esquisita que se apoderou de mim (mas que me faz me sentir Power Rangers!), prefiro me desentupir de uma vez por todas pra poder voltar a respirar sem solavancos, e ai você decide o que fazer com essa energia liberada daqui.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

É Pelo Olhar...

Só me responde uma coisa: Quem é você?
Que porra foi essa que aconteceu que eu não vi passar? Você descobriu o segredo do meu cofre e o caminho da porta de trás. Foi assim que me invadiu de fininho me deixando desarmada. Não fez barulho, não tive como perceber mas de alguma forma isso me incomodou.
No primeiro momento acreditei ser apenas putaria. No segundo, decepção; mas no terceiro me surpreendeu, fiquei sem reação.
Quero ler você, ouvir suas histórias, medos e pensamentos, você me estimula e seu toque suave me queima. Com você o tempo passa tão rápido que só poderia ser covardia do relógio. Mas não tenho pressa.
Não sei o que é isso, não sei se quero saber ou se existe classificação. Não sei se onde começo a engatinhar tem piso de concreto, a altura é assassina e tenho receio de atravessar. Se eu cair, é em mim que vai doer. Doer por você e pela ausência de mim. Então por favor, pense bem se é aqui dentro que quer ficar. Não passe pela porta apenas por passar.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O Lado das Coisas

Por que a vida não podia ser mais fácil? Se pudesse fazer macete antes de começar o jogo, com certeza a minha alma gêmea seria o meu amiguinho do jardim de infância que roubava meu lanchinho, as comidas jamais me engordariam, o meu cabelo seria perfeitamente liso, brilhoso e sem pontas duplas, meu emprego estaria garantido desde a primeira vez que eu abrisse a boca porque provavelmente eu já seria a melhor-sem-esforço no que fizesse e isso seria obviamente reconhecível. E sabe como seria o final de uma vida assim? Sem graça e sem conquistas! De que adianta ter tudo na mão se você não sentiu na pele como era viver sem aquilo antes? As coisas perdem o valor e por isso existe o lado ruim, pra transformar o que seria indiferente em bom.

domingo, 14 de junho de 2009

Solteirice Aguda

Quando paro pra analisar, vejo que minha vida romântica foi decadente. As estatísticas que acompanho desde meus 14 anos só tendem a declinar, e o que fazer quando não se acha solução? E quando não se percebe que não se quer achar?
Durante anos da minha infância assistindo as novelas da Globo (outro tipo de decadência, sim eu sei) fiquei sonhando com um namoro perfeito, um cavalo branco e rosas vermelhas. Durante os primórdios da minha adolescência ficava mais ansiosa ainda, olhando os garotos durante o intervalo da escola, pensando em qual deles poderia me namorar. Os anos foram passando e o sexo masculino ficando mais próximo da real participação na minha vida.
E cadê? Os que vieram já se foram e não quero que batam novamente a minha porta com pedidos mal lavados de desculpas ou algo do gênero. Os que não vieram, ainda não os quero, podem ficar rondando a área por onde estão, continuem na sua zona de conforto com o seu olfato longe de mim pois minha carne ainda não tá no ponto.
Descobri hoje, agora, há alguns segundos. Não preciso de vocês menininhos (diminutivo SIM!), não preciso mesmo e repito as palavras pra soarem mais claras à vocês. Não, não virei lésbica (hahaha), apenas não estou pronta pra namorar e é tão bom reconhecer isso!

Dia 12 de Junho de 2008. Eu estava no Rio de Janeiro e meu namorado na Alemanha. De que adiantou eu ter um namorado se continuei sozinha? Dessa vez o dia não fez efeito, ó, nadinha! Foi mais um dia de feriado que dormi demais e joguei The Sims 3. E sabe qual foi a parte mais irônica? Foi ter lido uma legião de blogs com posts sobre o tal dia que tanto amedronta a segurança da solidão e ter descoberto que todos os blogueiros são SOLTEIROS!
Então é isso, não tenho mais nada a declarar, foi bom me entender.

sábado, 6 de junho de 2009

Só você

Como se eu tivesse sido jogada. Não sei ao certo onde começou ou quando comecei a perceber e me fazer engolir. Em todos esses anos, por todos os dias, você foi um sorriso a mais que brotou no meu rosto, um pensamento fervoroso, uma imaginação vacilante, um apoio concreto, a cura de todas as dores, a certeza de uma possibilidade. Eu sabia que uma hora a corda iria rasgar e tinha medo, tenho medo. Você não era nada pra mim, podia ser o meu vizinho ou o entregador de pizza de terça-feira a noite. Foi tomando conta dos meus sentidos por osmose e quando me dei por conta, já tinha me doado por inteira. Continuei quieta, não deixei notar meu comprometimento, minha rendição. Me controlei pra não transparecer, era mais fácil ter você por perto se não te mostrasse que me tinha. eu sabia que não teria chance, que seria um game over completo. Em cada uma das nossas brincadeiras hipotéticas te confidenciei um desejo meu, rimos, fizemos promessas que levei a sério me forçando não esquecer de cobrar quando chegasse a hora certa.

Eu sei que to confusa, quero gritar e ir correndo até ai pra cuspir tudo na sua cara sem respirar. Te confidenciar que penso em você a cada situação mínima do meu dia, que cada vitoria é com você que quero dividir. Você é o cara que quero que se orgulhe de mim. E quando me imagino casando com outro, é você que sempre aparece no fundo da minha igreja me fazendo ver a besteira que faria.
Sabe, hoje peguei um taxi e ele me falou da mulher dele, que se casaram com seis meses de namoro e que foi amor a primeira vista da parte dos dois. Ela morreu há 3 anos de câncer e ele ainda chora todos os dias. Eu pensei em como me sentiria se você morresse antes de mim, mas eu juro que foi involuntário!
Não queria parecer carente e nem ser dramática, não queria esconder mais minha insegurança, mas só me responde, baixinho mesmo, (e não vai dar risada das minhas palavras de menina-que-se-acha-escritora) como você nunca percebeu? Como não viu através da minha necessidade de você? De te contar cada passo do meu dia-a-dia? O tempo inteiro eu falava deles, mas era só você.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Fuga Vital

A vida é tão normal. Quero dizer, ela segue toda uma linearidade onde as situações podem ser diferentes, mas os fatos semelhantes resultando sempre na mesma conclusão, gerando o mesmo aprendizado. Acredito que isso quer dizer: de uma forma ou de outra, você vai aprender. E daí surgem os momentos mais inesquecíveis, quando por exemplo você aprende que o fogo queima, que o amor dói e que as pessoas mentem. Aprender sempre envolve erros.
Não importa quem você seja, não importa exatamente quando ou onde, mas tem coisas na vida que são "batata"! Acontecem com todo mundo. Se não fosse assim, os pais não fariam tantas previsões e não diriam tanto depois da merda toda: "eu te avisei".
Ontem numa das salas de computador da faculdade me deparei comigo mesma olhando pras pessoas a minha volta, imaginando se todo mundo dali, daquele mesmo ambiente, ia morrer um dia sem sexo na vida. Quero dizer, todo mundo faz, né? Não é engraçado pensar assim? Descobrir que a vida é tão previsível?
Hoje sai decidida a enganar o destino, queria fugir do óbvio e das leis da construção vital do ser humano. Eu queria me apaixonar por uma tarde. Fui andando por Ipanema como quem não quer nada, que não tem nada de importante pra fazer. Parei em frente a faixa de pedestres ao lado de duas gringas e uma velhinha (tão previsível) e fiquei olhando pro tom do azul do céu, me controlando pra não ir a praia me apaixonar de novo por Ipanema. E ai aconteceu. Senti dois pares de olhos me encarando, eles pertenciam a um menino dentro de um dos ônibus parados no trânsito maluco. Sustentei seu olhar e ele pareceu se surpreender, e ai aconteceu uma coisa imprevisível pra mim, que me fez ganhar meu dia. Eu dei uma gargalhada, uma daquelas que você abaixa pra pôr as mãos nos joelhos pra se apoiar e não cair.
Fiquei feliz comigo, tinha conseguido escapulir do ciclo da minha vida. Tinha me apaixonado por um momento de 5 segundos. Atravessei a rua quando o meu sinal abriu, fui andando na mesma direção que o ônibus seguia, pensando que se ele pensasse como eu, ele teria descido do ônibus e fugido do ciclo dele também. Mas se isso acontecesse, seria o destino de novo agindo e não a minha fuga.

sábado, 16 de maio de 2009

Agonia de esperar

E lá estava eu fazendo hora no msn (no horário do lanchinho da tarde) para esperar minha irmã voltar do plantão e não almoçar sozinha, tadinha:


(16:07) i!taiSSa... : hoje de manha meu pai me deu um chocolate e disse como se fosse um velho e bom sábio: guarde para depois do almoço.
coloquei o chocolate aqui do lado do mouse
(16:07) i!taiSSa... : onde meus dedos podem esbarrar na embalagem
e fico olhando pra ele pelo canto do olho com cara de quem nao quer ser pego encarando outra pessoa
e ai fico pensando: porque diabos nao posso comer o chocolate antes?
(16:07) i!taiSSa... : ora ora
tudo tem a hora certa pra ser comido.
hahahahahahaha
ridiculo
(16:08) i!taiSSa... : eu só fico pensando que nao vai mudar minha fome
mas talvez, depois do almoço o meu desejo insano por chocolate seja maior
(16:08) i!taiSSa... : e ai vai ser mais gostoso
até pra abrir a embalagem
imagina a espectativa?
ai ai
(16:10) i!taiSSa... : quero alguem que me convença que nao preciso de psiquiatra sabia.

domingo, 3 de maio de 2009

Temperatura

O quente pode incomodar, mas o frio corrói. Nunca esperei me tornar uma pessoa corrosiva, que prefere a solidão por te proporcionar momentos previsíveis, mais seguros e estáticos. Não consigo me permitir mais me deixar levar, me jogar no abismo de uma outra pessoa. A sensação de saber que tudo está sob meu controle é tão confortável que me impede de querer voltar a ser quem fui. Ingênua, boba, apaixonada.
Bloqueando a possibilidade de novas emoções, comecei a sentir um certo orgulho de mim. Descobri que era possível me envolver sem abrir minha alma. Não seria novamente enganada, mas também não enganaria ninguém. Pra me assegurar disso respeitei os sentimentos dos outros e não me entreguei a pessoas que se permitem sentir, seria muita hipocrisia de minha parte.
A fria entregue aos frios em função da satisfação carnal. Nada de amor, nada de calorzinho no lado direito do peito, nada de frio na barriga, nada de pensamentos flutuantes. Uma relação realista.
O triunfo veio quando percebi como certos frios podem se submeter ao ridículo. Não deveriam subestimar a frieza feminina, nem todas se conservam idiotas, apenas se fazem passar por uma. É divertido reconhecer que ele não vai fazer falta nenhuma enquanto ele acredita no oposto. Realmente divertido.
Mas o que fazer quando há suspeita de que você começa a vacilar? Que no meio de um caminho gélido, onde até então você tinha certeza que o outro jamais passaria de uma companhia agradável, surge um aumento de temperatura? O controle não pode fugir, não pode haver falhas. O que fazer quando um coração machucado quer reacender?

A possibilidade de uma nevasca futura é destruidora.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Cromossomo Y

A gente reclama, fala que nenhum presta , que no final, mesmo os mais comportadinhos, sempre pensam na mesma coisa. Mas o que a gente nunca quer é assumir a nossa culpa. Sim, nós mulheres somos completamente culpadas pelo comportamento masculino atual.
Se eles são uns cachorrões ordinários sem coração que vivem pensando estratégicamente em como alcançar o que temos entre as pernas, a culpa é unicamente nossa, afinal, o comportamento deles depende do nosso e eu não poderia dizer que me orgulho das atitudes de certas companheiras do meu gênero.

Existem dois tipos de situações clássicas:

a) O cara é super simpático, fofo, chega pedindo seu telefone, te chama pra sair, ir num barzinho, pegar um cinema ou simplesmente vocês começam a ficar por nenhum motivo em especial e acabam criando uma mini-ligação, um casinho. Esse é o chamado peguete fixo, step. E o que acontece com ele quando chega na famosa hora do "vai ou racha"? Se ela não ta apaixonada, ou ela vai ser má o suficiente pra fazer com que ele queira namorar, só porque ela não tem nada de mais interessante pra fazer e isso a conforta; ou então, ela fica enjoada com tanta atenção e carinho e joga ele pra escanteio.
O cara apenas pensa, "onde foi que eu errei? O que eu fiz que não a agradou?"
conclusão: ele vira mais um putão!

b) O cara chega chegando, cheio de intimidade que não tem, é ousado e sabe como falar. Após conquistar a presa do momento, ele simplesmente não sabe o que fazer e larga. Pra que tentar com a mesma vítima o passo número 2 se ele pode conseguir o passo número 1 com tantas outras sendo muito mais divertido? Esse é o famoso canalha, arrebatador de corações.
E como a menina fica depois disso? Apaixonada, simplesmente porque ele a esnobou, não se importou e não deu valor.
conclusão: ele é um putão!


Realmente, somos contraditórias, talvez seja natureza. Vai entender...
Afinal, quem quer um putão?

domingo, 22 de março de 2009

Minha Acerola

Quando seu nome, sua imagem, nossa história me vem a cabeça, não sei mais em como classificar tudo isso. Não sei o que representa pra mim agora, é confuso e nebuloso de mais. Eu tenho orgulho em saber que fui sua primeira namorada, que isso nem você nem eu vamos esquecer, assim como tenho certeza que jamais vou ter na vida um dia mais significativo que o dia 3 de Novembro de 2005, nosso aniversário de 17 anos e data de início do nosso namoro. Eu tinha muitas espectativas, você era mais do que eu achava que merecia, eu venerava você e talvez eu tenha errado aí. Tentei me controlar de mais, tentei ser quem você queria que eu fosse e não quem eu realmente era. Uma menina bobinha de mais, com medo de errar... Engraçado assumir isso, mas eu tinha certeza que o "a gente" era forte de mais pra durar naquela época. A gente tava numa fase de transição muito grande, muitos caminhos, eu sabia que você tinha medo disso, apesar de não demonstrar, eu via muita coisa pelos seus olhos. Você parecia de mais com meu pai quando falava comigo, sempre preocupado, cuidadoso e carinhoso querendo me proteger de tudo e todos. Talvez você tenha errado aí. Eu descobri que sou meio sabão sabe? Não consigo parar quieta, eu escorrego sempre.

Eu amei você mais que amei qualquer um, eu esperei você por muito tempo, eu não conseguia mais olhar pra você direito na rua, me controlava pra ser indiferente. Eu sei que você percebia. Eu sentia você. Nossa ligação sempre foi muito natural e diferente pra mim, como se sempre pudesse saber o que você no fundo pensava e queria.
Eu te esperei, e guardei suas palavras, você me disse que não queria mais voltar por medo de me perder de novo, medo de ser pra sempre. Você disse que preferia viver achando que um dia a gente podia se encontrar novamente. Nunca imaginei poder ouvir isso, é bonito né? Mas minha insegurança dizia que era conversinha boba, que era mais um truque de meninos-principes.

Por isso te esperei, esperei ficar no ponto pra você. E você apareceu? Me decepcionei comigo, por não ser quem você queria. Me decepcionei comigo, por não conseguir ter você mais pra mim. Me decepcionei comigo, por não conseguir esquecer você assim.
Me decepcionei com você, por me dar esperanças.

E sabe por que não sei mais classificar tudo isso? Porque não sei mais onde eu enfiei tudo isso em mim, não sei mais julgar, me sinto um zumbi, incapaz de sentir.
E talvez seja melhor assim...

sábado, 14 de março de 2009

Caminhos

E daqui em diante eu vejo tudo em branco. Eu ainda posso ser quem eu quiser, só tenho 20 anos e me comporto como se tivesse uns 50 algumas vezes. Posso me formar e ir pros Estados Unidos, ou voltar pra Alemanha e trabalhar e depois fazer pós ou whatever.. Posso ficar aqui e resolver voltar firme pro teatro e fazer escola de circo, posso começar a trabalhar em alguma empresa com Marketing e continuar estudanto planejamento. Eu ainda não sei quem eu sou e quem vou ser. Minha vontade às vezes é pegar o controle remoto, igual ao filme "Click", e adiantar um pouquiiiinho só, de leve, só pra saber se vou ser feliz. Queria saber se vou casar, ter meus filhos, onde vou morar, qual vai ser a cor do meu quarto, do meu cabelo, meu peso, quem vai ser meu marido, e onde meus pais vão estar...

Só de saber que eu ainda posso ser quase todo mundo, que se eu quiser eu posso ser até hippie, isso me anima e me desanima. Ainda não sei qual direção tomar, o tempo vai passando e tenho medo de ser frustrada, angustiada. Já desisti de tantas coisas, pra outras não tive forças. Nem sempre essa historinha de que tudo vai dar certo funciona e nem sempre somos os super-heróis. Porém, acredito fielmente no "... e todos foram felizes para sempre".

Não importa exatamente como, ou onde, o que importa é se vou conseguir chegar lá. E eu só queria um endereço...

segunda-feira, 2 de março de 2009

Falta

Hoje é sexta-feira? Específicamente 13, e ninguém se importou em me contar? Ou será que a má sorte resolveu me perseguir pra dar umas boas risadas? Dizem que chamá-la pelo nome, Azar, só a atrai MAIS.. ops!
Não sei que porra me consumiu hoje, ou o que tiraram de mim, mas tudo que teve oportunidade de dar errado, simplesmente deu. Não sou fumante, o meu estresse é, mas por que diabos ele iria vomitar por causa de um simples cigarrinho Vogue? Cigarro desprezível! Preguiça de existir, vontade de consumir o mundo! Como eu posso ser tão contraditória e compartilhar a mesma carne?
Se pelo menos eu tivesse certeza que tenho dupla personalidade, talvez me sentisse mais importante.. Vaidade. Ser humano maníaco.
Por que alguém me escolheria? Por que dentre todas as pessoas da rua, olhariam logo pra mim? Por que dentre todos os candidatos, eu venceria? Por que dentre todas as boas pessoas, eu seria a mais amada? Por que eu? Será que as pessoas sortudas se perguntam isso todos os dias antes de deitar no travesseiro? Vivo esperando uma coisa que não sei o que é, talvez apenas uma compreensão de que nada virá e de que tudo depende de mim.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Reflexão

Eu me classifico como intensa. Considero essa a fonte primária de todos os meus defeitos, pelo menos a dos mais preocupantes. Queria me oferecer pra ele. Não me refiro a essa maneira chula e vulgarzinha com as quais as mulheres baixas se comportam, me refiro a me doar, me entregar como um presente de natal da vovó que mima tanto o netinho. Queria mergulhar nele de cabeça sem me preocupar se a pedra do coração dele iria me fazer sangrar. Um pouco de drama não faz mal a ninguém, pelo menos não as mulheres. Não acredito muito nas leis dos relacionamentos, acho que cada tipo, seja esse entre pais e filhos, amigos, namorados, deve ter os limites e os acordos estabelecidos como um acordo de paz: onde tudo que compõe a relação seja aceita por ambas as partes de forma a manter o equilíbrio e a felicidade. Pensei no que ele poderia querer e no que eu quero. Pensei que anulei por muito tempo em mim a vontade de assumir querer ele, era muito mais fácil eu acreditar que não sentia mais nada, que nunca teria dado certo, que tudo que tivemos foi um mero erro de sistema. Não, eu sei que ele não é o amor da minha vida, que eu realmente não gosto dele, que eu posso me controlar facilmente e não deixar isso voltar e, principalmente, que ele não gosta também e jamais vai voltar a gostar de mim. Mas a idéia de saber que ele ainda sente desejo por mim é quase irresistível, me faz querer tirar a roupa! Por que não deveria tirar a roupa pra uma pessoa que eu amei? Por que não deveria ficar perto de uma pessoa que me confortava? Por mais que não "sejamos" mais nada, sei que a lealdade ainda predomina, que nosso carinho e respeito é mútuo e isso é muito maior do que muita coisa pra mim, e ainda me faz querer tirar a roupa! Por que não posso criar o nosso tipo de relação? Por que não impor leis como "nunca se apaixone" para sermos felizes? Eu continuaria com minha vida. Ele com a dele. Seríamos felizes com nossas regras. Nunca se apaixone.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O Infinito é o limite

Diversos dias sem escrever, pensamentos nadando, boiando mortos em minha mente. Idas e vindas, planos, sonhos, futuros promissores, quem eu sou que eu ainda não sei? Meu presente se consome de dúvidas, eu preciso saber quem eu sou e quem vou ser! Vejo tantas pessoas em mim mesma, a liberdade de escolha é tanta que me faz querer ser todo mundo e ao mesmo tempo não sei quem eu quero mais ser. Pode ser isso possível? Como sei o que quero não sabendo a direção? Meus planos de mudança pra esse ano estão começando a ficar perto da data de inicio de efetivação! Mãos a obra! Mesmo falando isso tudo e sendo tão ambiciosa, ainda não sei se vou ter fibra pra aguentar todos os obstáculos e isso me aflinge. É tão irônico não saber se você é realmente suficiente pra ser quem você quer ser :)
Meus últimos dias foram diferentes, imprevisíveis, bons, inesperados e inesquecíveis por algum ponto de vista. A vida às vezes monta uma situação que eu podia jurar ser armadilha! Merda. Minha cabeça tá um turbilhão. Não consigo mais escrever.

Agonia.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Perna Direita

algo em mim se move descontroladamente.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Inquietação

As palavras devem estar irritadiças, andam gritando muito ultimamente e correndo de lá pra cá. Correndo. Não necessariamente no caminho da fuga, mas elas andam correndo porque querem ser colocadas pra fora. Talvez um comportamento ao qual eu também me enquadre de vez em quando e eu chamo isso de ansiedade, um mal do qual me consome. Nos ultimos dias andei refletindo, e acho que criei um blog exatamente pra não fazer análise (que ironia), gosto de ler o que escrevo pois me organizo e me entendo melhor, se é que posso dizer que me entendo, além do mais, é de graça ;) . Cada dia após ao qual escrevo algo, e releio, me percebo de uma forma diferente e vejo como em poucas horas minha vida muda de perspectiva. Claro, ela não muda o rumo e a direção, mas muda talvez de sintonia. Nas últimas duas noites peguei no sono enquanto escrevia mentalmente, doeu saber que não tinha dado importância pra uma caneta e um papel só pra me sentir melhor depois. Outro defeito gigante: mania de subestimar as coisas e as pessoas. Apesar de estar com os nervos a flor da pele, balançando impacientemente minha perna direita durante o dia inteiro, eu estou mais calma pois meu livro novo chegou! Nada como uma leitura sobre vampiros, lobisomens e amor :)
Acho que as palavras estão se acalmando e ficando com vergonha, enquanto minha mãe começou a me gritar pela casa, que cena bonita. tchau vou comer.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Irritação

Tô irritada hoje, com tpm, estressada ou sei lá o que. Sei que to com um prazer gigante em discordar das pessoas e começar a criar briguinhas desnecessárias. To me sentindo entalada, queria dizer tudo que anda rondando meus pensamentos nos últimos dias mas não sei se vou conseguir. Tava na praia, no sol, na paz com o vento na cara e agora to aqui trancada em casa de novo (por pouco tempo). Mas volto hoje e volto também pra ver uma pessoa. É estranho assumir mesmo que seja pra mim o que isso ta se tornando, não sei o que eu quero e o que seria melhor pra mim, nada melhor do que não pensar e deixar rolar.. tô gostando mesmo né? Tenho atenção e tudo mais! Do que to reclamando? Continuo pensando nas minhas dietas e to começando a entrar num desespero por chocolate que a muito não sentia. Não sei se essa ansiedade maluca vai me fazer entrar em crise existencial ou se só vai me engordar. Merda. Eu devo ser uma maluca mesmo que precisa de análise, bem, é o que me dizem né... Continuo fascinada pelo meu futuro que vou construir na Alemanha e sem idéia de onde estagiar (sem idéia do que eu quero), mas pelo menos decidi que quero fazer um curso! Um daqueles que eu havia desistido a muito tempo. Espero não desistir a tempo de começar.. Andei pensando pelo o que eu quero viver, como havia dito antes e pensado a muito mais tempo ainda, pelo o que eu quero me dedicar com amor e não consigo ainda saber. Às vezes acho que a faculdade de comunicação social não é o que eu quero, ou que pelo menos, não vou conseguir me encaixar no mercado pois não tenho nem idéia de onde eu quero atuar. Penso que queria voltar a tocar piano, andar a cavalo e aprender a mergulhar. Realmente, eu devo ser uma maluca mesmo que precisa de análise.

Marcando Presença

AAAAH, eu juro que amanhã eu escrevo! To morta de sono ;~~

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Dúvidas..

To doente, acho que é virose. Andei pensando muito no meu futuro. Ontem fiz uma entrevista de estágio e fiquei pensando que cada pé tem o seu chinelo certo.. que não é questão de ser melhor ou pior, e sim adequado. Fico pensando o que seria adequado pra mim... Eu gosto de fazer tanta coisa e não faço nada. Queria uma coisa pela qual viver, como o esporte pros atletas e os pacientes para os médicos. Queria um motivo, algo pelo qual eu iria perder horas da vida me dedicando e melhorando... Não sei o que eu mais quero, e isso me deixa indignada!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Novos Ares

só pra não dizer que este blog foi mais uma das coisas das quais comecei e não terminei na vida, por mais que eu não saiba o que eu realmente quero dizer, eu só sei que quero escrever!
mesmo que seja uma palavra, já me basta pra saber que eu pensei em nao desistir, isso me faz bem. Hoje sem postes alcoólicos e sem torpores, acho que um nariz voltou a respirar! Falando nisso, preciso de um novo piercing de nariz háá!
Acho que alguém tá se achando engraçadinha novamente.. aiai!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

40% bêbada

Legal, hoje já é amanha e eu to alcoolizada. Será que eu voltei no tempo? Ai, por favor garota, sem crises de alcoólatra porque você nem bebeu suficientemente pra isso. Quem me dera! Mas não nego que adoro escrever sabendo que uma veia alcoólica pulsa em mim. Minha meia noite de virada (aff) nao foi lá muito animada. Isso quer dizer que eu pouco me fodi pro que tava acontecendo no mundo e com seus fusos horários, eu só me preocupei com o nada novamente, muito confortável por sinal. Depois disso bebi uma garrafa de sidra que custou no máximo cinco reais com uma amiga (charmoso, não?) e fiquei assim junto a algumas Heinekens. Ficamos conversando, isso se define por minha voz em 85% do tempo junto a alguns "aham" e "uhum" muito estimulantes. Sério. Depois de relatar como foi meu ano detalhadamente e como me sentia uma bolinha de pinball ao contrário de uma bola de boliche, eu realmente comecei a refletir sobre minha nova metáfora. Quer dizer, qual a diferença entre as duas bolas a não ser pelo tamanho e os três furos a mais que a bola de boliche tem? Vamos ter como referência o ponto de partida: ambas alteram o seu estado de repouso devido a uma força; a diferença crucial é que a bola de boliche segue em linha reta com uma meta principal, enquanto a bolinha de pinball sai se debatendo por aí, no estilo "o que vier é lucro", o que eu não chamaria de um plano lá muito bem capcioso. A bola de pinball é inconseqüênte, quer dizer, e se ela cair num ângulo de 90º? Ela morre, tchau! Muito preocupante, preocupante saber que a bolinha pode fazer tudo errado! Burra, e a culpa nem é lá dela, quer dizer, ela que foi pelo caminho errado. Burra. Pura e inocente.
Eu não posso, não agüento mais sair por ai me debatendo no que aparece. Não posso mais me arriscar assim, essa coisa toda de decidir o que fazer quando o que vier chegar. Eu preciso de um caminho planejado, de uma coisa certa, um caminho por onde andar sem medo de tropeçar. É tão difícil assim? Eu quero dizer, eu preciso chegar nesse ponto pra poder assumir pra mim o que eu espero e o que eu não suporto mais? Eu preciso mesmo esperar todas as luzes se apagarem, me afundar nos meus fones de ouvido pra não incomodar mais ninguém? Me deixa, me larga, me permita respirar. Eu quero uma linha reta e não mais um caminho oscilante, não quero mais ser boa em me virar em 60 segundos. Me deixa. Me deixa mudar. Me deixa crescer, me deixar amadurecer.
Me segura, confia que eu vou fazer um strike. Que ridículo, mas foda-se. Aposta em mim que eu não vou te decepcionar. Não mais. Eu não vou me decepcionar. Não mais.