domingo, 14 de junho de 2009

Solteirice Aguda

Quando paro pra analisar, vejo que minha vida romântica foi decadente. As estatísticas que acompanho desde meus 14 anos só tendem a declinar, e o que fazer quando não se acha solução? E quando não se percebe que não se quer achar?
Durante anos da minha infância assistindo as novelas da Globo (outro tipo de decadência, sim eu sei) fiquei sonhando com um namoro perfeito, um cavalo branco e rosas vermelhas. Durante os primórdios da minha adolescência ficava mais ansiosa ainda, olhando os garotos durante o intervalo da escola, pensando em qual deles poderia me namorar. Os anos foram passando e o sexo masculino ficando mais próximo da real participação na minha vida.
E cadê? Os que vieram já se foram e não quero que batam novamente a minha porta com pedidos mal lavados de desculpas ou algo do gênero. Os que não vieram, ainda não os quero, podem ficar rondando a área por onde estão, continuem na sua zona de conforto com o seu olfato longe de mim pois minha carne ainda não tá no ponto.
Descobri hoje, agora, há alguns segundos. Não preciso de vocês menininhos (diminutivo SIM!), não preciso mesmo e repito as palavras pra soarem mais claras à vocês. Não, não virei lésbica (hahaha), apenas não estou pronta pra namorar e é tão bom reconhecer isso!

Dia 12 de Junho de 2008. Eu estava no Rio de Janeiro e meu namorado na Alemanha. De que adiantou eu ter um namorado se continuei sozinha? Dessa vez o dia não fez efeito, ó, nadinha! Foi mais um dia de feriado que dormi demais e joguei The Sims 3. E sabe qual foi a parte mais irônica? Foi ter lido uma legião de blogs com posts sobre o tal dia que tanto amedronta a segurança da solidão e ter descoberto que todos os blogueiros são SOLTEIROS!
Então é isso, não tenho mais nada a declarar, foi bom me entender.

sábado, 6 de junho de 2009

Só você

Como se eu tivesse sido jogada. Não sei ao certo onde começou ou quando comecei a perceber e me fazer engolir. Em todos esses anos, por todos os dias, você foi um sorriso a mais que brotou no meu rosto, um pensamento fervoroso, uma imaginação vacilante, um apoio concreto, a cura de todas as dores, a certeza de uma possibilidade. Eu sabia que uma hora a corda iria rasgar e tinha medo, tenho medo. Você não era nada pra mim, podia ser o meu vizinho ou o entregador de pizza de terça-feira a noite. Foi tomando conta dos meus sentidos por osmose e quando me dei por conta, já tinha me doado por inteira. Continuei quieta, não deixei notar meu comprometimento, minha rendição. Me controlei pra não transparecer, era mais fácil ter você por perto se não te mostrasse que me tinha. eu sabia que não teria chance, que seria um game over completo. Em cada uma das nossas brincadeiras hipotéticas te confidenciei um desejo meu, rimos, fizemos promessas que levei a sério me forçando não esquecer de cobrar quando chegasse a hora certa.

Eu sei que to confusa, quero gritar e ir correndo até ai pra cuspir tudo na sua cara sem respirar. Te confidenciar que penso em você a cada situação mínima do meu dia, que cada vitoria é com você que quero dividir. Você é o cara que quero que se orgulhe de mim. E quando me imagino casando com outro, é você que sempre aparece no fundo da minha igreja me fazendo ver a besteira que faria.
Sabe, hoje peguei um taxi e ele me falou da mulher dele, que se casaram com seis meses de namoro e que foi amor a primeira vista da parte dos dois. Ela morreu há 3 anos de câncer e ele ainda chora todos os dias. Eu pensei em como me sentiria se você morresse antes de mim, mas eu juro que foi involuntário!
Não queria parecer carente e nem ser dramática, não queria esconder mais minha insegurança, mas só me responde, baixinho mesmo, (e não vai dar risada das minhas palavras de menina-que-se-acha-escritora) como você nunca percebeu? Como não viu através da minha necessidade de você? De te contar cada passo do meu dia-a-dia? O tempo inteiro eu falava deles, mas era só você.