domingo, 22 de março de 2009

Minha Acerola

Quando seu nome, sua imagem, nossa história me vem a cabeça, não sei mais em como classificar tudo isso. Não sei o que representa pra mim agora, é confuso e nebuloso de mais. Eu tenho orgulho em saber que fui sua primeira namorada, que isso nem você nem eu vamos esquecer, assim como tenho certeza que jamais vou ter na vida um dia mais significativo que o dia 3 de Novembro de 2005, nosso aniversário de 17 anos e data de início do nosso namoro. Eu tinha muitas espectativas, você era mais do que eu achava que merecia, eu venerava você e talvez eu tenha errado aí. Tentei me controlar de mais, tentei ser quem você queria que eu fosse e não quem eu realmente era. Uma menina bobinha de mais, com medo de errar... Engraçado assumir isso, mas eu tinha certeza que o "a gente" era forte de mais pra durar naquela época. A gente tava numa fase de transição muito grande, muitos caminhos, eu sabia que você tinha medo disso, apesar de não demonstrar, eu via muita coisa pelos seus olhos. Você parecia de mais com meu pai quando falava comigo, sempre preocupado, cuidadoso e carinhoso querendo me proteger de tudo e todos. Talvez você tenha errado aí. Eu descobri que sou meio sabão sabe? Não consigo parar quieta, eu escorrego sempre.

Eu amei você mais que amei qualquer um, eu esperei você por muito tempo, eu não conseguia mais olhar pra você direito na rua, me controlava pra ser indiferente. Eu sei que você percebia. Eu sentia você. Nossa ligação sempre foi muito natural e diferente pra mim, como se sempre pudesse saber o que você no fundo pensava e queria.
Eu te esperei, e guardei suas palavras, você me disse que não queria mais voltar por medo de me perder de novo, medo de ser pra sempre. Você disse que preferia viver achando que um dia a gente podia se encontrar novamente. Nunca imaginei poder ouvir isso, é bonito né? Mas minha insegurança dizia que era conversinha boba, que era mais um truque de meninos-principes.

Por isso te esperei, esperei ficar no ponto pra você. E você apareceu? Me decepcionei comigo, por não ser quem você queria. Me decepcionei comigo, por não conseguir ter você mais pra mim. Me decepcionei comigo, por não conseguir esquecer você assim.
Me decepcionei com você, por me dar esperanças.

E sabe por que não sei mais classificar tudo isso? Porque não sei mais onde eu enfiei tudo isso em mim, não sei mais julgar, me sinto um zumbi, incapaz de sentir.
E talvez seja melhor assim...

sábado, 14 de março de 2009

Caminhos

E daqui em diante eu vejo tudo em branco. Eu ainda posso ser quem eu quiser, só tenho 20 anos e me comporto como se tivesse uns 50 algumas vezes. Posso me formar e ir pros Estados Unidos, ou voltar pra Alemanha e trabalhar e depois fazer pós ou whatever.. Posso ficar aqui e resolver voltar firme pro teatro e fazer escola de circo, posso começar a trabalhar em alguma empresa com Marketing e continuar estudanto planejamento. Eu ainda não sei quem eu sou e quem vou ser. Minha vontade às vezes é pegar o controle remoto, igual ao filme "Click", e adiantar um pouquiiiinho só, de leve, só pra saber se vou ser feliz. Queria saber se vou casar, ter meus filhos, onde vou morar, qual vai ser a cor do meu quarto, do meu cabelo, meu peso, quem vai ser meu marido, e onde meus pais vão estar...

Só de saber que eu ainda posso ser quase todo mundo, que se eu quiser eu posso ser até hippie, isso me anima e me desanima. Ainda não sei qual direção tomar, o tempo vai passando e tenho medo de ser frustrada, angustiada. Já desisti de tantas coisas, pra outras não tive forças. Nem sempre essa historinha de que tudo vai dar certo funciona e nem sempre somos os super-heróis. Porém, acredito fielmente no "... e todos foram felizes para sempre".

Não importa exatamente como, ou onde, o que importa é se vou conseguir chegar lá. E eu só queria um endereço...

segunda-feira, 2 de março de 2009

Falta

Hoje é sexta-feira? Específicamente 13, e ninguém se importou em me contar? Ou será que a má sorte resolveu me perseguir pra dar umas boas risadas? Dizem que chamá-la pelo nome, Azar, só a atrai MAIS.. ops!
Não sei que porra me consumiu hoje, ou o que tiraram de mim, mas tudo que teve oportunidade de dar errado, simplesmente deu. Não sou fumante, o meu estresse é, mas por que diabos ele iria vomitar por causa de um simples cigarrinho Vogue? Cigarro desprezível! Preguiça de existir, vontade de consumir o mundo! Como eu posso ser tão contraditória e compartilhar a mesma carne?
Se pelo menos eu tivesse certeza que tenho dupla personalidade, talvez me sentisse mais importante.. Vaidade. Ser humano maníaco.
Por que alguém me escolheria? Por que dentre todas as pessoas da rua, olhariam logo pra mim? Por que dentre todos os candidatos, eu venceria? Por que dentre todas as boas pessoas, eu seria a mais amada? Por que eu? Será que as pessoas sortudas se perguntam isso todos os dias antes de deitar no travesseiro? Vivo esperando uma coisa que não sei o que é, talvez apenas uma compreensão de que nada virá e de que tudo depende de mim.