quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

40% bêbada

Legal, hoje já é amanha e eu to alcoolizada. Será que eu voltei no tempo? Ai, por favor garota, sem crises de alcoólatra porque você nem bebeu suficientemente pra isso. Quem me dera! Mas não nego que adoro escrever sabendo que uma veia alcoólica pulsa em mim. Minha meia noite de virada (aff) nao foi lá muito animada. Isso quer dizer que eu pouco me fodi pro que tava acontecendo no mundo e com seus fusos horários, eu só me preocupei com o nada novamente, muito confortável por sinal. Depois disso bebi uma garrafa de sidra que custou no máximo cinco reais com uma amiga (charmoso, não?) e fiquei assim junto a algumas Heinekens. Ficamos conversando, isso se define por minha voz em 85% do tempo junto a alguns "aham" e "uhum" muito estimulantes. Sério. Depois de relatar como foi meu ano detalhadamente e como me sentia uma bolinha de pinball ao contrário de uma bola de boliche, eu realmente comecei a refletir sobre minha nova metáfora. Quer dizer, qual a diferença entre as duas bolas a não ser pelo tamanho e os três furos a mais que a bola de boliche tem? Vamos ter como referência o ponto de partida: ambas alteram o seu estado de repouso devido a uma força; a diferença crucial é que a bola de boliche segue em linha reta com uma meta principal, enquanto a bolinha de pinball sai se debatendo por aí, no estilo "o que vier é lucro", o que eu não chamaria de um plano lá muito bem capcioso. A bola de pinball é inconseqüênte, quer dizer, e se ela cair num ângulo de 90º? Ela morre, tchau! Muito preocupante, preocupante saber que a bolinha pode fazer tudo errado! Burra, e a culpa nem é lá dela, quer dizer, ela que foi pelo caminho errado. Burra. Pura e inocente.
Eu não posso, não agüento mais sair por ai me debatendo no que aparece. Não posso mais me arriscar assim, essa coisa toda de decidir o que fazer quando o que vier chegar. Eu preciso de um caminho planejado, de uma coisa certa, um caminho por onde andar sem medo de tropeçar. É tão difícil assim? Eu quero dizer, eu preciso chegar nesse ponto pra poder assumir pra mim o que eu espero e o que eu não suporto mais? Eu preciso mesmo esperar todas as luzes se apagarem, me afundar nos meus fones de ouvido pra não incomodar mais ninguém? Me deixa, me larga, me permita respirar. Eu quero uma linha reta e não mais um caminho oscilante, não quero mais ser boa em me virar em 60 segundos. Me deixa. Me deixa mudar. Me deixa crescer, me deixar amadurecer.
Me segura, confia que eu vou fazer um strike. Que ridículo, mas foda-se. Aposta em mim que eu não vou te decepcionar. Não mais. Eu não vou me decepcionar. Não mais.

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